Estou muito animado em poder voltar a Tiradentes para mais uma mostra de cinema das mais interessantes e desafiadoras de nosso calendário nacional. O filme brasileiro de maior risco e pulsão criativa tem em Tiradentes lugar cativo para se exibir para uma platéia atenta e exigente, crítica.
Será um prazer também pela homenagem mais que justíssima a Andrea Tonacci, um dos nossos cineastas mais importantes em atividade hoje, figura fundamental para a vitalidade do chamado cinema marginal que eclodiu depois do Cinema Novo. Não à toa o filme de abertura de Tiradentes será Serras da Desordem, obra-prima de Tonacci, precursora de muitas propostas atuais que mesclam documentário e ficção. O filme foi revelado justamente pela Mostra Tiradentes há exatos dez anos.
Há também a sempre intrigante Mostra Aurora, com longas-metragens de cineastas em seus primeiros trabalhos, aqueles com maior apelo alternativo e independente. Tem ainda uma série de outros filmes, curtas e longas, da safra atual que poderão ser conferidos aqui. A mostra promete oferecer uma maratona intensa não só de filmes, mas de debates e discussões. Vale também pelos bons encontros cinéfilos na acolhedora cidadezinha mineira.
Farei cobertura para o Jornal A Tarde, mas também escreverei sobre os filmes aqui no blog, na medida do possível. Mais uma vez estarei como júri do Prêmio de Aquisição de Curtas do Canal Brasil.
O site oficial do evento pode ser acessado aqui. Que venham os filmes.