Melhores e piores de 2011

Cinematograficamente, 2011 não foi assim tão bom quanto anos anteriores (parece uma bronca constante, não?), mas foi quando eu mais vi filmes do ano, especificamente aqueles que estrearam no país entre 1º de janeiro a 31 de dezembro, incluindo os que foram parar direto no DVD. Foram ao todo 167 longas dos quais escolho abaixo os melhores e piores.

Melhores do ano:

1. A Árvore da Vida


Porque é preciso recriar o universo para entender aquilo que nos forma enquanto indivíduos.

2. Cópia Fiel


Porque não seria o cinema uma mera e soberba cópia da vida real?

3. Um Lugar Qualquer


Porque o tempo não para mesmo que nós estejamos em marcha lenta.

4. O Palhaço


Porque nossa vocação pode estar mais próxima do que faz parecer.

5. Melancolia


Porque é preciso encontrar placidez mesmo em meio ao caos.

6. Vênus Negra


Porque a bestialidade humana é a verdadeira aberração.

7. O Vencedor


Porque quem destrói também ama.

8. As Praias de Agnès


Porque a memória ainda está viva.

9. Lola


Porque lutamos contra tudo e todos pela nossa dignidade.

10. Cisne Negro


Porque a perfeição cobra seu alto preço.

11. Meia-Noite em Paris

12. Tudo pelo Poder

13. O Céu Sobre os Ombros

14. Turnê

15. Medianeras – Buenos Aires na Era do Amor Virtual

16. Singularidades de uma Rapariga Loura

17. X-Men: Primeira Classe

18. O Mágico

19. O Garoto de Bicicleta

20. Tio Boonmee que Pode Recordar Suas Vidas Passadas

Piores do ano:

Porque sempre haverá os maus momentos.


1. As Viagens de Gulliver

2. Elvis e Madona

3. O Turista

4. Burlesque

5. A Garota da Capa Vermelha

6. Os Nomes do Amor

7. Sucker Punch – O Mundo Surreal

8. 127 Horas

9. O Buraco

10. Família Vende Tudo

22 thoughts on “Melhores e piores de 2011

  1. Meia Noite em Paris: Por que a nostalgia não nos dá o presente!
    Já que não está entre os 10, eu completo…

    Belíssima definição para Venus Negra!

    Estava sentindo falta desse post comum nos janeiros. 😉

  2. Gostei muito da relação e dos comentários 140 caracteres que os definem. Feliz por ver "Lola" e "Vênus Negra" aí, dois filmes que lamentei não terem cabido entre os meus melhores.

    mas só um alerta: conserte o absurdo de "Um Lugar Qualquer" nos melhores e "Os Nomes do Amor" nos piores.

    "porque todos tem direito de errar" rs.

    boa semana!

  3. Bela lista, Rafael (apesar da sentida ausência de A PELE QUE HABITO)! Confesso invejar essa sua capacidade de definir com perfeição grandes filmes em poucas palavras… o que escreveu sobre A ÁRVORE DA VIDA e CÓPIA FIEL é exato, simplesmente! Bom, legal ver a presença da Coppola e de VÊNUS NEGRA. Não coloquei O PALHAÇO e O VENCEDOR entre meus 10 melhores (11, na verdade) mas entendo a presença deles aqui, acho justíssima.
    Quanto aos piores, bem, só assisti 127 HORAS, que acho um bom filme (apesar de algumas bobagens feitas pelo Boyle). O resto, deixei passar – acho que fiz bem, né?

  4. O filme é perfeito, Gustavo, não podia ser diferente.

    Elizio, se fosse para definir o filme do Allen, seria assim: "Porque o que vale mesmo é o presente e aquilo que ele te oferece".

    Elton, sempre ficam alguns que a gente queria muito incluir, as listas saem sempre desfalcadas. E não tô vendo absurdo nenhuma na minha lista. Já na sua… hehehe

    Wallace, A Pele chegou a ficar ali na 19ª posição, mas acabou saindo. Sorry, não morro de amores! O Palhaço quase sobe mais, mas tá bom ali. Sobre as definições, é só pensar no que mais chama atenção no filme, é muito de feeling. E é um orgulho uma lista de piores do ano em que a gente não viu quase nada, não? 127 Horas acho um embuste, mal dirigido, mal atuado e, sobretudo, mal montado.

  5. Eu ia falar que a minha lista de favoritos eu não revelo, mas lembrei que nem tenho uma pronta, rs. Lá para março eu publico no blog.

    Como sempre, há sempre aqueles que concordamos e discordamos, algo natural quando se avalia a lista de melhores e piores dos amigos. Assim, fico muito feliz com a presença de filmes como "Melancolia" e "Medianeras" neste seu top 20. Por outro lado, "Um Lugar Qualquer" foi parar na lista errada, bem como "Sucker Punch", meu honorável guilty preasure de 2011.

    Que 2012 seja um ano pessoal e cinematográfico ainda melhor que 2011 para você, Rafael.

    Um abraço e tudo de bom! ^^

  6. Estou com Elizio quanto ao comentário sobre Meia Noite em Paris. Mas apesar da nostalgia não nos dar o presente, acho que Allen nos deixa a deliciosa sensação de sentir Paris, nos convida a saboreá-la, como nas páginas de Paris é Uma Festa, do Hemingway. E o Owen Wilson esteve incrível, não? É como se ele encarnasse o próprio Allen-ator de outros filmes. E acho que até eu adoraria me deixar molhar na chuva. Mas só em Paris, haha.

  7. p.s: A ideia da Arvore da Vida é genial, adoro Cisne Negro pelo conjunto da obra e alguns da lista, pasme, ainda são indicação pra mim. Diferente da sua dedicação, meu tempo pra filmes foi curto em 2011. Mas que venha 2012! E que venham mais bons filmes! =)

  8. Mateus, As Praias de Agnès tem no Making Off, se fosse você não perderia a oportunidade de ver, é muito bom. Surpreendente. E vivo!

    Em março ainda, Alex? Solta uma prévia lá, pô! E sempre tem algum filme que a gente acha que devia estar na outra lista, mas é isso mesmo. Discordâncias são importantes. Feliz 2012 pra ti também, cheio de bons filmes e bons momentos. Saúde!

    Antonio, Lola é um filme pouquíssimo visto, merecia mais atenção porque é um filmaço. Gosto muito do cinema do Mendonza.

    Indhy, sempre teremos Paris, hein! rsrs E o Allen é craque nessa coisa de impregnar seus filmes do espaço urbano que retrata (é assim em Manhattan e em vários de seus filmes que retratam essa região pelo qual ele tem tanta paixão, e foi assim também em Vicky Cristina Barcelona e a esplendorosa Espanha). E Paris, sendo essa festa, no presente e no passado, sob as lentes dele, fica ainda mais interessante. Cisne Negro caiu um pouquinho na lista, mas continua firme lá. Árvore da Vida é imbatível. E que venha um novo ano cheio de muitos filmes para nós!

  9. Sucker Punch de fato é péssimo e merece fazer parte da lista de piores. 127 Horas pra mim foi um dos melhores, vai do gosto.

    E da lista dos melhores, concordo com MUITA coisa e fiquei curioso em relação a este VENUS NEGRA.

  10. Para com isso, Matheus. Põe a mão na consciência e meça suas palavras. hehehe. Brincando, mas exatamente os 4 primeiros eram os que estavam totalmente bem definidos na minha lista, nessa exata ordem. Os outros passaram por algumas modificações. Mas sei que esses 4 não eram grandes unanimidades mesmo.

    De fato, Herculano. Que bom que gostou de minha lista, como visto aí em cima nem sempre há consenso. Mas mesmo assim, percebi que minha lista tem muitas proximidades com a sua que eu vi no seu blog. Bom gosto é isso aí.

    Que bom que gostou deste humilde espaço, Rodrigo. Espero vê-lo aqui mais vezes. E pode deixar que passarei a acompanhar o seu blog também.

    Gustavo, desses que você não viu, são realmnte pouco assistidos, o que é uma pena pois tratam-se de ótimos trabalhos.

    Obrigado Linderval. E volte sempre aqui.

    É Bruno, não fui com a cara de 127 Horas, acho mau dirigido, atuado e montado. Um embuste. Sobre Vênus Negra, é um filme indigesto, duro, que te esgota emocionalmente. Recomendadíssimo.

  11. Eu nem lembrava que a bomba do Burlesque era desse ano. Tirando Sucker Punch – O Mundo Surreal e 127 Horas da lista de piores, suas duas listas estão ótimas.

    P.S. Como está o seu retiro aí em Conquista? hehe, saudades de seus comentários pessimistas pós cabine.

    js

  12. Caramba, Amanda, não sabia que minha imagem nas cabines era tão negativa. hehe. Olha, estava muito amargurado em Conquista, por isso estou dando um jeito de passar essa semana aí em Salvador. Tava sufocando!

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