Dir: Terry George
Depois de se denunciar a sangrenta e degradante guerra civil entre hutus e tutsis no continente africano no ótimo Hotel Ruanda, eis que o diretor Terry George decide investir agora num drama pessoal de forte teor emocional. Uma pena que o filme não tenha muito a dizer além do que já esperamos desse tipo de produção.
Dwight Arno (Mark Ruffalo) é um advogado que por acidente atropela fatalmente o filho do professor universitário Ethan Learner (Joaquin Phoenix) e sem prestar assistência à criança foge em desespero. Começa a busca pelo responsável da morte do garoto e diante do insucesso das investigações policiais, Ethan tenta encontrar o culpado sozinho, criando assim um conflito com sua esposa Grace (Jennifer Connelly). As coisas se complicam ainda mais quando Ethan procura em Dwight um advogado que possa ajudar a descobrir o culpado pela morte de seu filho, desconhecendo a peça que o destino lhe prega.
A decepção em relação ao filme não se deve a alguma falha na história ou na condução do drama, mas no fato de que tudo isso já foi visto antes e nada de novo nos é apresentado aqui. Trata-se, portanto, de um filme-clichê, pois não consegue avançar além do óbvio. Dwight, por exemplo, poderia ser um personagem muito mais rico se não passasse o filme todo se lamentando e fugindo de sua situação. Já Ethan e Grace caem no lugar comum do casal que entra em conflito após uma perda tão profunda.
Não gostei muito desse filme, especialmente pelo fato de que estava aguardando há um bom tempo e acabou sendo uma grande decepção. A história era forte o bastante para render um belo drama, mas o Terry George trabalhou de forma quase medíocre. Nem o elenco salva (apesar do Mark Ruffalo estar especialmente bem). Abraço!
Joaquin Phoenix e Mark Ruffalo tem feitos ótimos filmes, isos que masi me atrai em assistir a esse aí… apesar do clichê que vc disse existir e parece ser inevitável, como se arriscar algo diferente pudesse prejudicar o filme… ou não fosse bem aceito pelos executivos lá de Hollywood… enfim, tomara que consiga ter acesso ao filme o quanto antes para conferi-lo
Abraços, Rafael!!!
Vinícius, também esperei um tempo por esse filme e assim a decepção foi maior, mas o elenco se mostrou competente apesar do fracasso do roteiro.
Já que você citou o Joaquin Phoenix, Rodrigo, estava pensando esses dias como mesmo em filmes medianos (esse e Os Donos da Noite, por exemplo) ele se sai muito bem. E dizem que ele tá ótimo no novo filme do James Gray. Sobre Traídos pelo Destino faltou mais coragem mesmo.