O Hobbit: A
Batalha dos Cinco Exércitos (The Hobbit: The Battle of the Five Armies,
EUA/Nova Zelândia, 2014)
Batalha dos Cinco Exércitos (The Hobbit: The Battle of the Five Armies,
EUA/Nova Zelândia, 2014)
Dir:
Peter Jackson
Peter Jackson
Chegamos
ao fim de mais uma trilogia ambientada na Terra Média, criação portentosa do
escritor britânico J. R. R. Tolkin; a mais uma megalomania perpetrada pelo
incansável Peter Jackson; a mais um caça-níqueis hollywoodiano que estende suas
histórias ao máximo; a mais um prolongamento da Saga do Anel.
ao fim de mais uma trilogia ambientada na Terra Média, criação portentosa do
escritor britânico J. R. R. Tolkin; a mais uma megalomania perpetrada pelo
incansável Peter Jackson; a mais um caça-níqueis hollywoodiano que estende suas
histórias ao máximo; a mais um prolongamento da Saga do Anel.
Quaisquer
que sejam os pontos de vista que se adote aqui (ou todos eles juntos), de uma coisa
parece certa: Jackson firma-se como um entendedor (e grande entertainer do cinemão) do espírito
aventuresco das histórias concebidas por Tolkien, levando-as com afinco para as
telas do cinema.
que sejam os pontos de vista que se adote aqui (ou todos eles juntos), de uma coisa
parece certa: Jackson firma-se como um entendedor (e grande entertainer do cinemão) do espírito
aventuresco das histórias concebidas por Tolkien, levando-as com afinco para as
telas do cinema.
Mas,
para o bem de aproveitar esse novo filme, é preciso se desvencilhar da ideia de
que se trata de uma mera enrolação, produto explorado à exaustão – isso já
estava previsto lá no primeiro filme. O
Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos funciona muito bem como narrativa épica
e isso parece o mais agradável aqui, adrenalina que o filme oferece em doses
generosas, embrulhada numa trama de muitas vertentes.
para o bem de aproveitar esse novo filme, é preciso se desvencilhar da ideia de
que se trata de uma mera enrolação, produto explorado à exaustão – isso já
estava previsto lá no primeiro filme. O
Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos funciona muito bem como narrativa épica
e isso parece o mais agradável aqui, adrenalina que o filme oferece em doses
generosas, embrulhada numa trama de muitas vertentes.
Não
é mais novidade para ninguém de que a intenção é ampliar a história
baseada no livro de teor mais infanto-juvenil de Tolkien, tornando-a mais séria
e fazendo-a se encontrar (por vezes de forma bastante forçosa) com a trilogia
que tanta fama e prestígio rendeu a Jackson antes. No entanto, os personagens
ganham em densidade (como é o caso da obsessão que adoece Thorin) e importância
em cada pequeno núcleo que formam o todo.
é mais novidade para ninguém de que a intenção é ampliar a história
baseada no livro de teor mais infanto-juvenil de Tolkien, tornando-a mais séria
e fazendo-a se encontrar (por vezes de forma bastante forçosa) com a trilogia
que tanta fama e prestígio rendeu a Jackson antes. No entanto, os personagens
ganham em densidade (como é o caso da obsessão que adoece Thorin) e importância
em cada pequeno núcleo que formam o todo.
Os
filmes da trilogia funcionam muito bem juntos (apesar do ritmo do primeiro não ter
se repetido no segundo). Daí que não incomoda que o fim do conflito envolvendo
o dragão Smaug pareça pertencer ao filme anterior, mas ganha aqui seu tenso clímax
(e um dos melhores momentos do filme).
filmes da trilogia funcionam muito bem juntos (apesar do ritmo do primeiro não ter
se repetido no segundo). Daí que não incomoda que o fim do conflito envolvendo
o dragão Smaug pareça pertencer ao filme anterior, mas ganha aqui seu tenso clímax
(e um dos melhores momentos do filme).
Já
o desenho da batalha que se configura logo após ganha seus contornos, ainda que
um tanto didáticos, nas aspirações, ambições e ganâncias dos personagens diante
da montanha recheada de ouro recém-conquistada. O filme demonstra todo seu
fôlego desde que a batalha se inicia, com desdobramentos e reviravoltas
internas. Em meio a isso, o desafio de Gandalf torna-se alertar para o perigo maior
que se avizinha – e do qual já conhecemos.
o desenho da batalha que se configura logo após ganha seus contornos, ainda que
um tanto didáticos, nas aspirações, ambições e ganâncias dos personagens diante
da montanha recheada de ouro recém-conquistada. O filme demonstra todo seu
fôlego desde que a batalha se inicia, com desdobramentos e reviravoltas
internas. Em meio a isso, o desafio de Gandalf torna-se alertar para o perigo maior
que se avizinha – e do qual já conhecemos.
Para além dos encontros e desavenças que existem entre
as duas trilogias, talvez o que melhor as aproxima seja a natureza dos hobbits,
essas criaturinhas simples, engenhosas e geniosas (também gananciosas), com seu
coração puro e senso de amizade, grandes responsáveis por decidir o destino da
Terra Média. Diante de elfos, dragões, feiticeiros e bandos de orcs, eles
demonstram seu valor de luta, a ingenuidade como arma. Bilbo Bolseiro é mais um
desses grandes personagens, e está nele esse espírito quase pueril que Tolkin tanto
valorizava no livro e que Jackson, ainda que diante de algum excesso, espertamente não ignora.
as duas trilogias, talvez o que melhor as aproxima seja a natureza dos hobbits,
essas criaturinhas simples, engenhosas e geniosas (também gananciosas), com seu
coração puro e senso de amizade, grandes responsáveis por decidir o destino da
Terra Média. Diante de elfos, dragões, feiticeiros e bandos de orcs, eles
demonstram seu valor de luta, a ingenuidade como arma. Bilbo Bolseiro é mais um
desses grandes personagens, e está nele esse espírito quase pueril que Tolkin tanto
valorizava no livro e que Jackson, ainda que diante de algum excesso, espertamente não ignora.
Rafael, a queixa que ouvi do filme foi sobre o excesso de lutas. Que bom que você gostou! Feliz 2015!
Mas esse é o espírito dessa última parte do filme, Stella. Acho as lutas muito boas e deixa a gente apreensivo. Isso pra mim é o mais importante. Se gostar desse tipo de filme, dê uma chance. Abração e um ótimo ano novo.