Que ano doido, que ano intenso, que ano estranho, que 2018 foi esse, minha gente? Sobrevivemos, arrasados, mas estamos aqui, e pra mim, em grande parte, foram os filmes (as imagens, o cinema) que me salvaram, impedem a gente de enlouquecer. Abaixo, a tradicional lista de melhores e piores do ano, seguindo a regra dos filmes que foram lançados comercialmente nas salas de cinema do país durante o ano, além dos filmes disponibilizados nas plataformas de streaming e VOD. No total, foram 153 filmes vistos dentro desse escopo. Minhas escolhas de melhores, hoje, são essas:
As Boas Maneiras
Porque só se enfrenta o horror (social, ignóbil, raivoso) ao lado de quem se ama
Trama Fantasma
Porque o amor é um perigoso jogo de crueldade e dedicação
Em Chamas
Porque as mentes desamparadas não suportam o peso dos mistérios da vida
Deixe a Luz do Sol Entrar
Porque é muito misterioso, aberto e livre a condição do ser em busca da paixão
Arábia
Porque está na palavra (e na imagem) o poder de reinventar uma vida de provações e pesos carregados
Sem Amor
Porque são cruéis e irreversíveis as consequências do desamor
A Câmera de Claire
Porque olhar levemente demorado de Claire através de sua câmera ressignifica as pequenas coisas
Projeto Flórida
Porque a resistência também está na pureza endiabrada das crianças (ou, foda-se o Mickey Mouse)
O Animal Cordial
Porque o homem é também instinto animalesco
Sem Fôlego
Porque é uma maravilha poder encontrar a história dos seus e, com isso, se encontrar no mundo
Me Chame pelo Seu Nome
Zama
Visages, Villages
Infiltrado na Klan
Antes que Tudo Desapareça
Roma
Pantera Negra
Ilha dos Cachorros
A Rota Selvagem
Hereditário
E agora, as pedras no sapato, os piores:
Santoro – O Homem e sua Música
Estradeiros
Lámem Shop
O Paradoxo Cloverfield
Três Anúncios para um Crime
A Lua de Júpiter
O Grande Circo Místico
Chacrinha: O Velho Guerreiro
The Square: A Arte da Discórdia
A Casa que Jack Construiu