Minha primeira aventura no Olhar de Cinema, em Curitiba, para além do frio cortante que faz nessa cidade, foi de descoberta de um festival que não tem medo de apostar no novo e de arriscar na sua seleção, o que nos faz investir também na descoberta dos filmes. Há perigos nesse tipo de proposta, como revelou a mostra competitiva, um tanto aquém do esperado. Compensaram a série de filmes clássicos exibidos no festival, um primor de escolha e projeção, também apostando na descoberta e nos clássicos absolutos. Abaixo listo todos os filmes vistos aqui em ordem de preferência.
Entre Cercas (Avi Mograbi, Israel/França, 2016) ***½
O Artista da Fome (Masao Adashi, Japão/Coreia do Sul, 2016) ***½
Operação Avalanche (Matt Johnson, EUA, 2016) ***½
A Última Terra (Pablo Lamar, Paraguai/Holanda/Chile/Catar, 2016) ***
Os Pássaros Estão Distraídos (Diogo Oliveira e João Vieira Torres, Brasil, 2016) ***
Ama-San (Cláudia Varejão, Portugal/Japão/Suíça, 2016) ***
O Estranho Caso de Ezequiel (Guto Parente, Brasil, 2016) ***
A Cidade do Futuro (Cláudio Marques e Marília Hughes, Brasil, 2016) ***
Zud (Marta Minorowicz, Polônia/Alemanha, 2016) ***
Maestá, A Paixão de Cristo (Andy Guérif, França, 2015) **½
A Comunidade (Thomas Vinterberg, Dinamarca/Suécia/Holanda, 2016) **
O Vento Sabe que Volto à Casa (José Luis Torres Leiva, Chile, 2016) **
Eles Vieram e Roubaram Sua Alma (Daniel de Bem, Brasil, 2016) **
Hors-Concurs:
Como Era Verde Meu Vale (John Ford, EUA, 1941) *****
O Caso dos Irmãos Naves (Luis Sérgio Person, Brasil, 1967) *****
O Manuscrito de Saragoça (Wojciech Jerzy Has, Polônia, 1965) ****½
Ninotchka (Ernst Lubitsch, EUA, 1939) ****½
Compasso de Espera (Antunes Filho, Brasil, 1973) ****½
Mouchette – A Virgem Possuída (Robert Bresson, França, 1967) ****