Mais uma vez, os prenúncios e alertas são mais negativos do que positivos em relação à qualidade dos filmes que nos chegam hoje em dia. Discordando largamente disso, dá pra atestar que tivemos mais um ótimo ano de estreias no Brasil, ainda que as coisas para o cinema brasileiro e autoral não andem das mais confortáveis em termos de bilheteria e retorno do público. Ainda assim, é possível fazer uma lista bem digna e bonita do que valeu a pena – e aqueles que nem tanto. Deixo aqui a minha tradicional lista de melhores e piores dentre os filmes lançados comercialmente no Brasil em 2023, seja nos cinemas ou nas plataformas digitais. No meu perfil do Letterboxd tem uma relação ampliada de filmes. Minha lista, hoje, fica assim:
Mato Seco em Chamas
Porque resistir é também voltar para permanecer e existir no seu espaço.
Afire
Porque o medo de querer amar é também uma chama destruidora.
Assassinos da Lua das Flores
Porque a gana não é apenas pelo dinheiro, mas pelo controle social.
Os Fabelmans
Porque o cinema reinventa o mundo e o outro enquanto transforma nós mesmos.
Batem à Porta
Porque crer no improvável implica no sacrifício da ordem familiar.
Sem Ursos
Porque o mundo que vemos nos olha de volta, humanamente.
O Assassino
Porque o controle do mundo nunca está nas nossas mãos.
Saint Omer
Porque o julgamento está no olhar que lançamos ao outro.
John Wick 4: Baba Yaga
Porque corpo e mente, exaustos, apenas resistem.
Folhas de Outono
Porque o amor é um pacto de salvação.
Godzilla Minus One
Capitu e o Capítulo
Os Banshees de Inisherin
Retratos Fantasmas
Fogo-Fátuo
O Conde
Suzume
Bem-Vindos de Volta
A Esposa de Tchaikovski
Alcarràs
Na lista de piores do ano, as pedras no sapato são essas:
Skinamarink – Canção de Ninar
Triângulo da Tristeza
Sexual Drive
O Exorcista: O Devoto
Disco Boy
I Wanna Dance with Somebody: A História de Whitney Houston
Napoleão
Rotting in the Sun
Mamonas Assassinas – O Filme
M3egan